terça-feira, 31 de maio de 2011

TORAH (Instrução)



Um dos fatos mais importante e curioso antes da formação da bíblia é justamente como o Eterno manteve os seus ensinos ou instruções no meio dos seus filhos.
E não é muito diferente do que vivemos nos dias de hoje, podemos observar que o que possuímos de características em nossa formação vem dos ensinos de nossos pais que aprenderam de seus pais, que por sua vez receberam tais instruções de nossos bisavôs. Estas instruções foram passadas de boca em boca, de ensino para ensino, de gerações em gerações.
É claro que nos dias de hoje muitas coisas ficam para traz, até mesmo por causa das evoluções, os pais cada vez mais ocupados com empregos que tomam todo o seu tempo, os filhos com escolas, cursinhos de inglês, esportes e videogames estão cada vez mais distantes dos pais.
Mas tinha uma época que não era assim, os pais e filhos tinham mais tempo, ficavam mais juntos e podiam contar historias do seu passado, coisas de seus pais para os filhos, dentro destes contos sempre se aprendiam maravilhosos e preciosos ensinos.
Teve uma época assim na história da humanidade, pois no princípio não havia a palavra escrita somente a palavra falada, e por muito tempo esta foi a forma que D’us usou para a formação de seus filhos (os justos).
O Eterno ensinou para Adão que instruiu a sua esposa Eva, que oralmente ensinou a seus filhos Caim (Cáin) e à Abel (Hével), os ensinos de D’us, prova disso é que ambos levavam ofertas ao Senhor, ensino de seus pais, e aprenderam a temer a D’us através de seus pais.
E assim foi de tempo em tempos, os ensinos do Eterno passando para um povo que era chamado de seu povo, sempre houve os remanescentes do Senhor na terra, por exemplo, quando Caim matou Abel.
O Senhor providenciou uma outra semente de justiça na terra, fez D’us com que Eva tivesse um outro filho chamado Sete (Shet), Sete teve a Enoque (Enosh), partir daí passou-se a invocar o nome do Eterno assim diz Gênesis 4:26, para se invocar o nome do Senhor a partir desse momento em diante era necessário haver ensino, alguém precisava instruir para que não ficasse no esquecimento a vocação ao Eterno, não havia a escrita, então de qual forma poderia doutrinar? Se não pela fala? Os Hebreus passavam a sua cultura e ensinos do seu D’us de forma oral, de geração em geração.
Até que na mesopotâmia (Atual Iraque), entrava em uso a escrita, onde Abrão recebeu do Senhor o chamado. Surgiram duas espécies de escritas nesta época a Escrita Cuneiforme e a Escrita Hieroglífica
No final da Idade do Bronze (1525-1200 a.C), dos alfabetos antigos os mais significativos foram desenvolvidos em Canaã, assim tivemos desenvolvido o alfabeto fenício, alfabeto hebraico e o aramaico, este grupo de línguas é conhecido como o semítico ocidental.
A língua hebraica tem grandes riquezas em sua composição, as letras contem histórias e significados individuais, que contam, ou montam as ações de D’us em cada ato da criação e formação do seu povo, incluindo os planos do Eterno para toda a terra, mas este é um outro estudo, para um outro momento.
É de extrema importância o ensino da instrução (Torá) do Eterno para os dias de hoje, principalmente porque temos vivido dias tenebrosos, onde não se tem mais a preocupação com a leitura nem mesmo com a fala através de contos sobre as passagens bíblicas, os pais não sentam mais com os filhos para ensinar as verdades de D’us. Não há mais tempo para tal feito!
D’us não tem estado na prioridade da família, não tem se dado mais o valor devido a palavra do Eterno, deixam esta responsabilidade para o professor da escola bíblica dominical, ficando totalmente alheios aos ensinos dos filhos.
Esta é uma geração que necessita de instrução, ensino, ou Torá em suas vidas. No contexto bíblico o pai era responsável pela instrução do Eterno ao seu filho, Deut. 4:10 diz: [Não te esqueça do dia em que estiveste perante o SENHOR, teu D’us, em Horebe, quando o SENHOR me disse: Reúne esse povo, e os farei ouvir as minhas palavras, a fim de que aprenda a temer-me todos os dias que na terra viver e as ensinará a seus filhos.], ainda temos uns dos mais conhecidos versículos da bíblia em Prov. 22:06 [ Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele.]. Sem falarmos que a bíblia está cheia de passagens que nos orienta a ensinar os preceitos do SENHOR, o próprio Yeshua nos fala em obedecer aos seus mandamentos, mas como obedecer se não há instrução? Necessitamos de pais que se preocupem em passar os princípios de D’us aos seus filhos e de mestres dentro das igrejas para que voltemos a estar no alvo, vivendo a santidade, sendo justos no cumprir da justiça do Eterno, manifestando o seu reino na terra, para que possamos viver a plenitude de Yeshua, este é o melhor e maior dos evangelismos que possamos pregar.

Esta prática fará com que o mundo experimente, uma transformação, mudança de caráter da nossa geração suicida, filhos que se consomem em drogas, filhos que espancam seus pais, adolescentes que matam uns aos outros sem motivos nenhum. Está na hora de darmos um basta em tudo isto e voltarmos a praticar o amor de D’us, e o melhor para isto é o ensino do Eterno!
Isto é Torá, instruirmos os nossos filhos e ao povo as palavras do SENHOR!
Não é preciso temer, mas compreender!

Shalom Malehem, que a paz do Senhor esteja com todos!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O QUE É O AMOR?



Um sambista, chamado Arlindo Cruz canta um samba que indaga o que é o amor? Ele diz em sua música que não sabe responder, só sabe que o amor nasceu nele!
Esta não existe para Arlindo Cruz uma definição do amor, mas que de alguma forma o amor surgiu na vida dele, de uma forma inexplicável o amor simplesmente nasceu em seu coração, ou seja, é uma emoção, uma forte emoção que mexeu com os seus sentimentos. Mas o mais interessante é que este mesmo músico, e um excelente músico brasileiro com reconhecimento nacional dentro da categoria do samba, um dos melhores letristas na opinião dos críticos da música brasileira, também tem em suas canções dizendo que o amor acabou e que o amor chegou ao fim, etc.
Então o que é o amor para este e muitos outros que cantão, ou versão sobre o amor?
Poderíamos dizer que dentro desta forma de pensar, ou que este termo amor, então é um sentimento, que vem e que vai, que é um momento vivido, que ele pode nascer e morrer!
Na poesia, na música, nas cenas de interpretações em teatro, novelas, ou em filmes o amor é um sentimento, que foge dos nossos controles, não temos formas ou forças para ajuizar nossas emoções, é algo que toma conta de nossas mentes (alma) e ações.
São definições de amor no grego:
• O érōs de Eros (ἔρως) significa a palavra grega moderna “ erotas ” com a sua significante de “o amor (romântico)”. Entretanto, o Eros não tem que ser de natureza sexual.
• A philos de Philia (φιλία), amizade no grego moderno, um amor virtuoso desapaixonado, era um conceito desenvolvido por Aristóteles. Inclui a lealdade aos amigos, à família, e à comunidade, e requer a virtude, a igualdade e a familiaridade. Em textos antigos, a philia denota um tipo de amor global, usado como amor entre a família, entre amigos, um desejo ou a apreciação de uma atividade, bem como entre amantes.
• O agápē de Ágape (ἀγάπη) significa o “amor” no grego moderno atual. O s'agapo do termo significa “eu te amo” em grego. A palavra ” agapo “ vem do vocábulo “amor”. No grego antigo se refere frequentemente a uma afeição mais ampla do que à atração sugerida pelo ” eros “; o agape é usado em textos antigos para designar sentimentos como uma refeição boa, a afeição de uma criança, e os sentimentos não carnais entre os os cônjuges.

Definição de amor em Hebraico:
Amor = עהה
No entendimento hebraico amar é uma decisão, um ato. É uma forma de demonstração, é atitude, assim como a fé é emuná (fidelidade).

Quem ama guarda os mandamentos! Joaõ 15:10

Quem não guarda os mandamentos, não ama, e ou, quem não ama não guarda os mandamentos!

“O oposto disso também é verdade, se você não me ama, você não guarda os meus mandamentos” Rabino Yosef Shulam

Mas o interessante é: “que para amar é necessário obedecer aos mandamentos, esta forma de obediência é uma forma de demonstração de amor através de atitudes, não um sentimentalismo.”

Jesus guardou os mandamentos! O por que dele tê-los guardados?
• Por amor ao Pai. Jo. 15:10
• Por não haver nele pecado. IJoão 3:4
• Por ser Justo. Rm 2:13
Jesus era santo, justo e ama tudo o que procede do pai, por isto ele fala de amar os mandamentos, por ela ser justa boa e agradável, como diz apostolo Paulo em Rm. 7:12-13, acaso pode vir alguma coisa má de D’us, a lei é espiritual, se quisermos ser espirituais, então aprendamos a guarda, obedecer e sermos fieis, amando a LEI de D’us.
A lei serve para os que são incircuncisos, ou seja, gentios?
Encontraremos esta resposta em Rm. 2:27, que nos deixa bem claro que os incircuncisos (gentios) julgarão os circuncisos (judeus) que não guardão as leis do SENHOR, porque a circuncisão é a do coração v. 29 e não a da carne. Isto nos da a conclusão de que há uma circuncisão para os gentios, a do coração que é a fé (fidelidade) aos mandamentos (palavra) de Deus em nós.
Esta é uma colocação para a igreja gentílica!
Precisamos aperfeiçoar o amor de D’us em nós, como isto pode ser feito?
Através do conhecimento e prática da palavra do Eterno Deus, a partir do momento em que nós procuramos ter a praticidade das palavras de Deus em nossa vida diária aperfeiçoamos o amor em nós. (I João 2:5)
Exemplo disso é vivermos atuando em todos os momentos de nossas vidas o amor a Deus e ao próximo como disse Jesus! (Mc. 12:29-31)
É muito importante notarmos que Ele nos fala de dois mandamentos, um está relacionado a Deus, a unicidade e o amor de todos os âmbitos sentimental, mental e corporal, e o outro ao próximo, com o mesmo amor que temos a nossa própria vida devemos amar aos que nos cercam. Não podemos ignorar a amplitude desses dois mandamentos relacionados com os dez mandamentos de Êxodo 20, o que na verdade os dois são um resumo dos dez mandamentos.
Amar a Deus acima de todas as coisas, está relacionado com os versos de êxodo 20 de tal forma que os cincos primeiros mandamentos estão relacionados ao SENHOR e os cinco últimos estão relacionados ao próximo.
Não podemos deixar de dizer que o amor está relacionado com os mandamentos, porque tudo é questão de amar a Deus e ao próximo, ou seja, amar aos mandamentos do SENHOR, assim cumprindo a sua palavra e trazendo o Seu Reino (Governo) na terra através de seus filhos (nós).
A prática destas palavras divinas é a resposta para quem procura o amor, é a respostas para este mundo perdido em meia as guerras, roubos, traição, drogas, desquites, dentre tantos outros desamores. O mundo precisa experimentar esta verdade do evangelho de João quem melhor expressa o amor nos evangelhos.
Precisamos sair da pregação, das escritas para a ação, para a prática, somente assim daremos o verdadeiro testemunho de sermos os filhos de Deus, praticantes do seu amor.
O amar é dar de beber a quem tem sede, dar vestimentas a quem está nu, dar comida a quem tem fome, visitar aos doentes, compartilhas com os que não têm o que em nós sobra. Isto é amar a Deus, isto é amar ao mundo, isto é amar a nós mesmo, isto é amor!
Só quem pratica este amor terá a vida eterna! (Mat. 25:35-46)

quinta-feira, 18 de junho de 2009

OS DONOS DA VERDADE (parte I)




A Igreja Católica tem a sua verdade sobre suas imagens e estatuetas. Dizem que não se prostram diante delas como súditos, mas sim como sinal de respeito ou reverência.
Já para a Igreja Evangélica o uso de ícones é uma prática idolatra. Alegam ser descumprimento de um dos dez mandamentos.
Por outro lado, a Igreja Evangélica não guarda o Sábado, que também faz parte dos dez mandamentos. Aliás este é o oitavo mandamento do decálogo de Êxodo 20, mandamento este repetido muitas outras vezes no decorrer de toda as escrituras sagradas. O próprio Eterno disse que o Sábado é perpétuo, porém os Católicos mudaram este princípio. Os Evangélicos assumiram isto como verdade, dizendo que o Domingo é o dia do Senhor.

Quem tem a verdade consigo?

As duas vivem seus dogmas como sendo os únicos soberanos e legítimos donos da verdade. Consideram-se detentoras de todo o saber - seriam elas as únicas salvas!
Porque brigam tanto entre si, se servem o mesmo D-us, observam o mesmo livro sagrado e tem a mesma raiz?

Estas discussões tem início no distanciamento da Igreja de suas raízes. Mais precisamente na instituição do Cristianismo ainda no primeiro século com os pais da Igreja. Antes disso não havia discussões com este teor, simplesmente cumpriam a Lei de Deus ou, simplesmente, Torá.
E para apimentar um pouco mais a discussão, a Igreja Católica chama a Igreja Evangélica de irmãos separados. Será que ela não tem razão? Aliás são tão parecidas em toda a história que vivem brigando como irmãs mesmo. Tem o mesmo Pai (D-us), o mesmo Irmão (Yeshua) e a mesma instrução (Bíblia), porém ambas são desobedientes ao Pai, ao Irmão e aos ensinos.
Parentesco complicado né?

Obs: Aguardem (parte II)

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Vôo 447 AIR FRANCE

Este trágico acidente nos trouxe mais uma vez o sentimento de perda, e o mais impressionante é como acontecimentos como este abala a todos nós, nações, línguas e etnias, não importando diferenças de nacionalidades, sociais ou até mesmo religiosa. Tudo isto porque não estamos preparados para este evento à morte.
Mas porque nos deparamos com este sentimento colocando-nos no lugar dos parentes?
Ou porque não estamos preparados para este momento de perda?
Para responder este questionamento é necessário irmos para a origem, onde tudo começou!
Sabemos que em Gênesis (Bereshit), o Eterno criou todas as coisas em sete dias, e que no sexto dia Ele criou o homem, este era para ter a vida eterna, sem experimentar a morte, bom esta não era uma escolha para o homem, mas um fato. A morte entrou na história, ou interrompeu o que seria a vida eterna para o homem a partir de uma desobediência à D’us Gn.2:17. Por não termos em nossa origem a morte não conseguimos aceita-la, a morte não faz parte de nossa natureza, mas a vida sim.
No entendimento judaico que é a origem do entendimento bíblico, diz que quem tem o Eterno como seu D’us, a morte física não significa deixar de existir ou simplesmente ter um fim, mas sim ter vida a vida Eterna, pois D’us sempre existiu Ele é eterno, e quem está nele também vive, assim como Yacov (Jacó), que em sua morte a leitura feita é Vaichi (ele vive).
O que necessitarmos é exatamente isto, uma mudança de conceitos e comportamentos em relação à vida e vida com D’us. Este é um ótimo momento para iniciarmos estas mudanças, são nestes momentos que paramos para refletir na vida, pois tomemos este instante para meditar nos ensinos de D’us, para obtermos vida em abundância e quando passarmos pela morte obtermos a vida eterna, assim não será triste e nem dolorosa a morte mas motivo de festa e alegria apesar da saudade, pois os justos, apesar de sua morte física, são chamados vivos; os malvados, apesar de sua vida, são chamados de mortos.